quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Liberdade e Grilhões



                            José Romero Araújo Cardoso*


 

Doce encanto de mulher, articula formidavelmente liberdade e grilhões como forma de demonstrar altivez, sonho, encantos, fantasias, sendo impossível passar despercebida devido atributos físicos e psicológicos que fazem-na ímpar na expressão literal do termo, na singularidade absoluta que marca a grandeza feminina.

Altiva e irresoluta, rompe barreira buscando afirmação negada ao gênero imemorialmente, tem a certeza que conquistas e vitórias são passos a galga-se talvez a médio prazo. Não mede distância intuindo conquistar espaços, objetivando novos horizontes que perto, não muito longe, trazem consigo marcas de merecida vitória por lutas incansáveis, travadas em prol de causa nobre, digna e honrada, como o próprio nome que notabiliza de forma orgulhosa sua existência.

Como chama flamejante, inebriou-me feitiço inaudito lançado em forma de carinho compenetrado na grandeza de seus princípios, no estoicismo que marca sua bravura de mulher.

Impossível não render-se ao seu charme, ao seu destaque de mulher. Impossível não ser fisgado pelo congregar absoluto da liberdade e dos grilhões que a segue inexorável por onde passa, por onde anda, na sua irretocável e marcante ênfase aos preceitos inerentes à própria evolução necessária ao próprio gênero humano.

Mulher, sem medo de lutar, sem medo das provações, dos desafios, das intempéries que castigam os eleitos, pois é na essência da própria intercalação da liberdade com os grilhões que assume postura firme e decidida afim de conquistar merecido destaque entre bilhões de criaturas que habitam o planeta terra.

Prostrado aos seus pés, escravizado diante de sua beleza descomunal, diante de sua capacidade ilimitada de amar e de contribuir para o benefício dos seus semelhantes, pois dotada de competência ímpar torna-se elo de fraternidade, de paz e de compreensão.

Liberdade e grilhões, não há como deixar-se surpreender por gestos magnânimos que fazem parte de sua notável índole guerreira, marco absoluto de uma existência extraordinária que enriquece galeria sagrada dedicada às pessoas extraordinárias que trazem o signo da felicidade e da harmonia.

Segura e decidida, vislumbra educação e cultura como molas propulsoras de todo processo evolutivo, pois assim estará de todas as formas implementando marca indelével em sua passagem neste plano cheio de desafios. Não consegui evitar a chama flamejante que seus olhos expressam enquanto metáfora de mistérios insondáveis, mas que na verdade expressam meiguice de uma criança em forma de mulher.

Madura suficiente para saber o que quer de verdade, não há como deixar de raciocinar sobre a forma como modula seus objetivos enquanto parâmetros para assinalar a dicotomia que envolve a maneira como liberdade e grilhões se efetivam.

Liberdade em lutar por um mundo melhor, grilhões enquanto símbolos de raízes culturais que não pode desprezar, pois envolvida em preceitos arraigados, diversas vezes se nega a plena felicidade, à conquista de um amor marcado por preconceitos historicamente marcantes e definido em sólidas bases morais que caracterizam todo um modus vivendi de um povo.

Conflitos frequentes são atenuados pelas bases racionais que exponencializam extraordinariamente sua conduta forte de mulher. No amor verdadeiro se encontrará, indubitavelmente, a chave de merecida felicidade, independente de qualquer outra subjetividade que possa desmerecer o mais belo de todos os sentimentos que os seres humanos podem desenvolver, seja em questão de segundos ou de anos.

É na liberdade que se afirma a dignidade humana, mas não observar a permanência de grilhões que atormentam toda uma relação, como indecisão e ausência de certa força de vontade, significa também trilhar caminhos tortuosos corroborados pela inflexibilidade de comportamento que ainda precisa ser repensado.

Emoção, encanto em flor, carinho, respeito, admiração e amizade permeiam o sentimento magistral que despertou-me no ensejo necessário à ênfase à liberdade e seus grilhões que necessitam ser despedaçados para que triunfe efetivamente todo amor que quero nessa vida, verdadeiro e nobre como jamais senti em toda minha existência marcada por traumas incomensuráveis.   

  

José Romero Araújo Cardoso. Geógrafo. Escritor. Professor-Adjunto IV do Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte.

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