Doce
encanto de mulher, articula formidavelmente liberdade e grilhões como forma de
demonstrar altivez, sonho, encantos, fantasias, sendo impossível passar
despercebida devido atributos físicos e psicológicos que fazem-na ímpar na
expressão literal do termo, na singularidade absoluta que marca a grandeza
feminina.
Altiva
e irresoluta, rompe barreira buscando afirmação negada ao gênero
imemorialmente, tem a certeza que conquistas e vitórias são passos a galga-se
talvez a médio prazo. Não mede distância intuindo conquistar espaços,
objetivando novos horizontes que perto, não muito longe, trazem consigo marcas
de merecida vitória por lutas incansáveis, travadas em prol de causa nobre,
digna e honrada, como o próprio nome que notabiliza de forma orgulhosa sua existência.
Como
chama flamejante, inebriou-me feitiço inaudito lançado em forma de carinho
compenetrado na grandeza de seus princípios, no estoicismo que marca sua
bravura de mulher.
Impossível
não render-se ao seu charme, ao seu destaque de mulher. Impossível não ser
fisgado pelo congregar absoluto da liberdade e dos grilhões que a segue
inexorável por onde passa, por onde anda, na sua irretocável e marcante ênfase
aos preceitos inerentes à própria evolução necessária ao próprio gênero humano.
Mulher,
sem medo de lutar, sem medo das provações, dos desafios, das intempéries que
castigam os eleitos, pois é na essência da própria intercalação da liberdade
com os grilhões que assume postura firme e decidida afim de conquistar merecido
destaque entre bilhões de criaturas que habitam o planeta terra.
Prostrado
aos seus pés, escravizado diante de sua beleza descomunal, diante de sua
capacidade ilimitada de amar e de contribuir para o benefício dos seus
semelhantes, pois dotada de competência ímpar torna-se elo de fraternidade, de
paz e de compreensão.
Liberdade
e grilhões, não há como deixar-se surpreender por gestos magnânimos que fazem
parte de sua notável índole guerreira, marco absoluto de uma existência
extraordinária que enriquece galeria sagrada dedicada às pessoas
extraordinárias que trazem o signo da felicidade e da harmonia.
Segura
e decidida, vislumbra educação e cultura como molas propulsoras de todo
processo evolutivo, pois assim estará de todas as formas implementando marca
indelével em sua passagem neste plano cheio de desafios. Não
consegui evitar a chama flamejante que seus olhos expressam enquanto metáfora
de mistérios insondáveis, mas que na verdade expressam meiguice de uma criança
em forma de mulher.
Madura
suficiente para saber o que quer de verdade, não há como deixar de raciocinar
sobre a forma como modula seus objetivos enquanto parâmetros para assinalar a
dicotomia que envolve a maneira como liberdade e grilhões se efetivam.
Liberdade
em lutar por um mundo melhor, grilhões enquanto símbolos de raízes culturais
que não pode desprezar, pois envolvida em preceitos arraigados, diversas vezes
se nega a plena felicidade, à conquista de um amor marcado por preconceitos
historicamente marcantes e definido em sólidas bases morais que caracterizam
todo um modus vivendi de um povo.
Conflitos
frequentes são atenuados pelas bases racionais que exponencializam
extraordinariamente sua conduta forte de mulher. No amor verdadeiro se
encontrará, indubitavelmente, a chave de merecida felicidade, independente de
qualquer outra subjetividade que possa desmerecer o mais belo de todos os
sentimentos que os seres humanos podem desenvolver, seja em questão de segundos
ou de anos.
É
na liberdade que se afirma a dignidade humana, mas não observar a permanência
de grilhões que atormentam toda uma relação, como indecisão e ausência de certa
força de vontade, significa também trilhar caminhos tortuosos corroborados pela
inflexibilidade de comportamento que ainda precisa ser repensado.
Emoção,
encanto em flor, carinho, respeito, admiração e amizade permeiam o sentimento
magistral que despertou-me no ensejo necessário à ênfase à liberdade e seus
grilhões que necessitam ser despedaçados para que triunfe efetivamente todo
amor que quero nessa vida, verdadeiro e nobre como jamais senti em toda minha
existência marcada por traumas incomensuráveis.
José Romero Araújo Cardoso.
Geógrafo. Escritor. Professor-Adjunto IV do Departamento de Geografia da
Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio
Grande do Norte.