quarta-feira, 6 de junho de 2012

Sábias palavras!!!!! Fernando Perisse!!!!!!!!!


 E mais uma vez assino em baixo no que ele diz:




Não concordo com a volta à ditadura e nem tampouco com a guerrilha como solução. Nós da sociedade civil temos que lutar pela ampliação da democracia. Aliás, a Internet tem colaborado para que ela seja instaurada em diversos países.
Acho que o que estamos fazendo agora é importante para a construção do estado democrático de direito. E ela se dá dentro de um processo de conscientização. Para mim a solução para o Brasil e para o Mundo é a radicalização da democracia. 

Aprendi essa dura lição na ditadura. Nos anos de chumbo compreendi o real valor da democracia e da liberdade. Mas também aprendi que ela nunca é ou será dada por alguém. Principalmente pela classe política ou pelos militares que nela interferem. A Democracia terá que ser conquistada, ser construída por nós da sociedade civil. Esse é o objetivo da minha luta.
Não discordo que o sistema econômico capitalista seja o principal mal. O problema é que combatê-lo como inimigo principal é difícil por ser uma coisa muito abstrata para aqueles que não tiveram oportunidade de estudar. Por isso abordamos os problemas que estão mais próximos da realidade diária e do cotidiano da população.
À medida que a consciência crítica emerge, o cidadão consciente vai tendo, ele mesmo, condições de descobrir a raiz de todos seus males. O processo de desenvolvimento da consciência crítica deve partir da realidade mais próxima para a mais geral.
Paulo Freire acrescenta mais um fator importante: a libertação é um processo coletivo. Ninguém se liberta sozinho. Não adianta se tentar avançar muito nos debates se a grande maioria não tem condições de acompanhar.
Culpar o povo pela sua situação de miséria é como culpar a vítima. O povo é vítima. Começa a trabalhar muito cedo, com 7 ou 8 anos. Muitas vezes não tem oportunidade de frequentar uma escola. E quando o faz, é geral, o ensino é de má qualidade. Além disso, a grande maioria não chega a terminar seus estudos por necessidade de trabalhar. Os empregos são raros e mal remunerados.
Esse conjunto de fatores adversos o torna frágil diante do poder. A maioria vive em extrema carência. Por isso depende muito dos serviços da prefeitura. Pouco reclama porque deles pode ficar privado.
Não dá outra: acabam se rendendo e até se vendendo aos opressores. Por isso, para mim, são sempre vítimas do processo de opressão. E o que é pior, se alguns dos oprimidos conseguem vencer, se tornam opressores piores do que os que antes os massacravam.
Mas a história não para. A cada eleição, a cada campanha, a cada luta que enfrentam há sempre um pequeno avanço na consciência política da população.
O que nos resta é ajudar a acelerar esse processo histórico. Apresentando análises que contribuam para o desenvolvimento da sua consciência crítica, debatendo propostas de mudanças, apoiando suas lutas, enfim contribuindo para o debate dos problemas que não são deles, mas de todos nós, através da mídia e da Internet. Vamos juntos!"



Fernando Júlio Perisse de Oliveira 06/06/2012

2 comentários:

  1. Realmente, sábias palavras de Fernando Perisse. E a Marcela Lopes, parabéns pela irreverência

    Robson Siqueira

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