o primeiro prefácio a gente nunca esquece!!!
escrito para a obra "solidão noturna " do poeta José Ribamar...
Marcela
Ferreira Lopes[1]
A emoção que sinto no
momento que escrevo, é de verdadeira admiração aos poetas! Verdadeira fonte de
conhecimentos que basta uma pequena dose de inspiração, concentração, e o poema
surge com toda a sua beleza e esplendor.
Poemas são geralmente versos, são várias letras que juntas contém ritmo,
métrica e sentido. Que adoçam a boca de quem as profere, que educam a audição.
Palavras que carregam sentimentalismos, denúncias, clamores, sabores
ideológicos enfim, uma mistura de tudo o que há de melhor que o poeta traz em
seu âmago mais profundo da alma.
Mais especificamente em Solidão Noturna é
observável em cada página que segue que há uma ampla diversidade temática
acompanhada de profunda sensibilidade, transitando desde amores idealizados,
reconhecimento, desejos, sonhos, morte e realidade. O autor mais uma vez,
consegue transmitir para os leitores, o verdadeiro sentimento de satisfação ao
ler poemas. Poemas/versos estes que se apresentam de forma bastante coesa e
concisa.
Cinquenta e seis poema
compõe a coletânea marcada por expressiva amálgama em que se cristaliza
sobremaneira subjetividade, divagações, compreensões, telurismo e as mais
diversas manifestações do espírito humano em sua constante busca a fim de
traduzir segredos e mistérios da existência.
Poema
Mudo
suscita melancolismo e desilusões de uma alma aflita que urge enfrentar
desilusões que assinalam a existência humana independente e espaço ou tempo.
Solidão
Noturna, cujo título à própria coletânea se expressa
enquanto sentido literal revela profundo pessimismo ao invocar a juventude do
poeta enquanto parâmetro a se considerar como padrão aceitável do próprio
existir fundamentado em fase áurea que o tempo levou e não volta mais.
Refém
do Pensamento destaca ternura quixotesca por uma
ilusória musa inspiradora, a qual conteria em verdade uma utopia, inatingível,
fruto da imaginação do poeta em seus devaneios.
Se os Túmulos Falassem revela negativismo
perante a escatologia da existência humana material, marcada, em diversos
momentos, por atitudes menos dignas em vida e que mesmo destino fomenta a
deposição da matéria.
Poemas dignos de
louvores compõe a coletânea ribamariana, pois o nobre representante da cultura
popular em solos potiguares enaltece o sentido de resistência que enobrece a
poesia surgida do povo e para o povo.
Aproveito a
oportunidade para agradecer ao nobre amigo Ribamar que me convidou para
prefaciar sua mais nova obra. Recebi tal convite, com grande alegria e imensa
satisfação, porém confesso a existência de limitações, por nunca ter escrito
nada acerca do tema. É uma verdadeira alegria pela oportunidade dada a mim em
poder comentar acerca deste universo poético significativo.
Nesse sentido,
recomendo a todos- sem distinção- a leitura desta obra e desejo ao autor, muito
sucesso no que se refere a este novo “mundo” dentro do universo
“ribamariano”!...
Marcela
Lopes
Escrito em junho de 2015, na terra de Padre Rolim, sertão da Paraíba.
[1]
Graduada em Geografia pela UFCG/CFP, Especialista
em EJA com ênfase em Economia Solidária UFCG/CCJS, Graduanda do curso de
Pedagogia UFCG/CFP, Membro do grupo de pesquisa Formação de Professores,
Educação, Cultura e Sociedade (FORPECS).
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