quinta-feira, 2 de julho de 2015

OS VÁRIOS “MUNDOS” DENTRO DO UNIVERSO “RIBAMARIANO”...



o primeiro prefácio a gente nunca esquece!!!  
escrito para a obra "solidão noturna " do poeta José Ribamar...




Marcela Ferreira Lopes[1]

A emoção que sinto no momento que escrevo, é de verdadeira admiração aos poetas! Verdadeira fonte de conhecimentos que basta uma pequena dose de inspiração, concentração, e o poema surge com toda a sua beleza e esplendor.  Poemas são geralmente versos, são várias letras que juntas contém ritmo, métrica e sentido. Que adoçam a boca de quem as profere, que educam a audição. Palavras que carregam sentimentalismos, denúncias, clamores, sabores ideológicos enfim, uma mistura de tudo o que há de melhor que o poeta traz em seu âmago mais profundo da alma.
 Mais especificamente em Solidão Noturna é observável em cada página que segue que há uma ampla diversidade temática acompanhada de profunda sensibilidade, transitando desde amores idealizados, reconhecimento, desejos, sonhos, morte e realidade. O autor mais uma vez, consegue transmitir para os leitores, o verdadeiro sentimento de satisfação ao ler poemas. Poemas/versos estes que se apresentam de forma bastante coesa e concisa.
Cinquenta e seis poema compõe a coletânea marcada por expressiva amálgama em que se cristaliza sobremaneira subjetividade, divagações, compreensões, telurismo e as mais diversas manifestações do espírito humano em sua constante busca a fim de traduzir segredos e mistérios da existência.
Poema Mudo suscita melancolismo e desilusões de uma alma aflita que urge enfrentar desilusões que assinalam a existência humana independente e espaço ou tempo.
Solidão Noturna, cujo título à própria coletânea se expressa enquanto sentido literal revela profundo pessimismo ao invocar a juventude do poeta enquanto parâmetro a se considerar como padrão aceitável do próprio existir fundamentado em fase áurea que o tempo levou e não volta mais.
Refém do Pensamento destaca ternura quixotesca por uma ilusória musa inspiradora, a qual conteria em verdade uma utopia, inatingível, fruto da imaginação do poeta em seus devaneios.
Se os Túmulos Falassem revela negativismo perante a escatologia da existência humana material, marcada, em diversos momentos, por atitudes menos dignas em vida e que mesmo destino fomenta a deposição da matéria.
Poemas dignos de louvores compõe a coletânea ribamariana, pois o nobre representante da cultura popular em solos potiguares enaltece o sentido de resistência que enobrece a poesia surgida do povo e para o povo.     
Aproveito a oportunidade para agradecer ao nobre amigo Ribamar que me convidou para prefaciar sua mais nova obra. Recebi tal convite, com grande alegria e imensa satisfação, porém confesso a existência de limitações, por nunca ter escrito nada acerca do tema. É uma verdadeira alegria pela oportunidade dada a mim em poder comentar acerca deste universo poético significativo.
Nesse sentido, recomendo a todos- sem distinção- a leitura desta obra e desejo ao autor, muito sucesso no que se refere a este novo “mundo” dentro do universo “ribamariano”!...   



                                                                                        Marcela Lopes
Escrito em junho de 2015, na terra de Padre Rolim, sertão da Paraíba.




[1] Graduada em Geografia pela UFCG/CFP, Especialista em EJA com ênfase em Economia Solidária UFCG/CCJS, Graduanda do curso de Pedagogia UFCG/CFP, Membro do grupo de pesquisa Formação de Professores, Educação, Cultura e Sociedade (FORPECS).

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