Como
pré requisito para a nota da disciplina Educação, cultura e diversidade do curso de Pedagogia da UFCG/CFP, no dia
10 de setembro de 2014 as 09h30min da manhã, tivemos a oportunidade de conhecer
um lugar de prática religiosa africana; o terreiro de candomblé.
Ao
chegar no lugar, fomos recepcionados por uma pessoa que faz parte da citada
religião há 5 anos. Inicialmente, deram-nos as boas vindas, com muita
cordialidade, muita educação, coisas imprescindíveis ao ser humano independentemente
de qual for a religião. Em seguida fomos apresentados ao ambiente: a casa se
chama Ilê Axé Runtó Rumboci que
significa respectivamente “casa de força do poço que nunca seca”. Ao
adentrarmos o portão são perceptíveis muitas plantas; cada uma com seu
significado de acordo com o candomblé.
Passamos
a maior parte do tempo no salão onde acontecem as festividades. O mesmo é caracterizado
principalmente pelos objetos e adereços que está intimamente fazendo parte da
vida de cada um dos membros da casa: no centro contêm um pilão com algumas
oferendas destinado ao culto dos orixás; de um lado um conjunto de atabaques; também
bastante significativo na religião que marca o ritmo da dança durante os ritos
e animam as festas. Também foi explicada a hierarquia litúrgica contida na
casa; dando ênfase ao babalaorixá (pai de santo) que se caracteriza pelo
governo central (onde o mesmo se preocupa com a organização civil,
administração e um “cuidado” com os deuses) da casa de candomblé.
Sentimos
muito a vontade para fazemos perguntas e todas foram respondidas como, por
exemplo, a diferença entre candomblé e umbanda, conceitos de divindade e
entidade, atividades sem fins lucrativos como o ensino do idioma, da cultura e
da dança. Este último aberto ao público. Em seguida fomos convidados a conhecer
as outras dependências da casa; estes constituídos por diversos quartos, uma
cozinha enorme onde a maioria dos adeptos do candomblé estavam e permaneceram o tempo todo. Em todo o momento
para até um melhor entendimento da turma era comparado algumas festas destinado
ao culto das divindades com as festas da igreja católica.
Diante
todo o período que estivemos na casa, fomos muito bem recebidos. As pessoas que
lá estavam nos trataram com maior delicadeza do mundo.
Como
bem sabemos as religiões africanas envolvem manifestações culturais, rituais,
hábitos que na maioria das vezes sofre discriminações por parte de pessoas que
não conhecem ou que não se interessam de conhecer, mesmo que seja um pouco da
cultura africana, são essas pessoas com conceitos pré concebidos, que deturpam,
que ridicularizam as pessoas que são adeptas ao candomblé.
A visita ao terreiro de candomblé
possibilitou-me conhecer para crer. Em nenhum momento vi ou senti “forças
sobrenaturais” (como algumas pessoas dizem) tomando conta de meu corpo. Em
nenhum momento vi “imagens demoníacas”. Em nenhum momento vi sangue derramado,
cabeças de bode, galinhas pretas ou qualquer tipo de animal depositadas no
“altar”. Em nenhum momento fui obrigada a beber qualquer bebida.
O
que na verdade vi foram pessoas como quaisquer outras, que fazem uma opção na
vida e que vivem a religião do candomblé em toda a sua plenitude,
principalmente no modo de se vestir; as mulheres com saias rodadas; no pescoço
com suas guias e que sente muito orgulho de serem “filhos da casa”. Da mesma
forma que qualquer católico (a) com o escapulário pendurado no pescoço, que
sente orgulho de participar todos os domingos da missa ou um protestante que
profere a palavra do senhor.
Tal
experiência foi muito significativa para mim. A disciplina em si, me ajudou
profundamente a desmistificar concepções que tinha sobre a
cultura/religiosidade africana. Contribuindo
consubstancialmente ao enaltecimento do respeito pela religião do candomblé e
como qualquer outra.
Muito bom seu esclarecimento! Parabéns!
ResponderExcluirobg Blog do Crispiniano..... fique a vontade para ler...
Excluir