domingo, 11 de novembro de 2012

Manifesto com um toque freireano....



 e ele continua ...
o sujeito de sua própria realidade...
 


"Sim. 
È assim o meu viver. 
Gosto de manter uma relação dialética com a minha realidade. Subestimei a importância da compra de votos nas eleições para vereador. 
Dancei. 
Sacudi a poeira. 
Vi em que avancei. 
A campanha me tornou muito mais conhecido e respeitado. 
Os acessos ao blog e a minha página no face cresceram. Essa é a minha realidade. Vou de encontro a ela. Ampliar minha ação na Internet. Dentro do meu objetivo de fazer crescer a consciência crítica da nossa gente. [...].
No fundo já sabia disso tudo. Mas queria ver se era possível quebrar essa gigantesca estrutura. 
Agora tenho certeza de que não é.

Volto, então, ao objetivo inicial: conscientização.

Sim, mas agora com mais conhecimento sobre a realidade. a campanha foi muito importante para mim. Estive em locais em que nunca tinha ido. 
Conheci realidades novas. 
Dialoguei diretamente com dos eleitores. 
Ouvi diretamente os tais pedidos de ajuda. Dentro de casas muito miseráveis, ouvi a tradicional frase: "Somos em 5. Votamos no senhor se pagar esse papel de luz." Ou se pagar o meu registro de civil. Ou esse papel de água Ou esse remédio.
De início reagi com certa violência. Mandava procura quem tinha roubado dinheiro do povo. Depois fui vendo que eram mais vítimas do que réus. E fui mudando meu comportamento.
Fazendo mais perguntas do que proselitismo e muitos chegaram a me pedir desculpas.
[...] Pra mim, não tinham culpa de serem assim. Eram apenas vítimas de uma sociedade que os fizeram ser assim. A derrota não me derrubou porque sempre considerei a possibilidade de não ser eleito. A minha popularidade durante a campanha foi muito grande. O Véio do Cocó conquistou a galera do 15. Mas eu sempre dizia pra Bel e pros amigos que era difícil transformar isso em votos. E foi. Assumo uma parte disso. A própria vida conduz à consciência crítica. A cada eleição existe um novo povo. Principalmente após Lula, quem quebrou com a ditadura da classe média sobre a população pobre.  [...] Esse foi o principal saldo da eleição. E quero seguir em frente a partir dele."

by:

Fernando Perissé

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